Você sabe o que é Marketing 4.0?

Embora não creia na evolução como melhor explicação para nossa existência é verdade que o Marketing evolui. Ao longo dos anos tivemos Marketing 1.0, 2.0, 3.0, este mais conhecido nos últimos anos e tem a ver com a inserção dos conceitos sustentáveis no dia a dia empresarial e publicitário.

Mas, cada vez mais, se pode perceber algo além. Quem dita às regras do marketing atual são pessoas de outra geração que estão dentro do mercado sempre. Estes “clientes em potencial” vivem no digital e transformaram o marketing em algo global (eu prefiro o termo ‘pleno’), o marketing não é mais focado apenas para atingir um público específico mas deve alimentar todo mundo, respeitando a fase da compra que cada um está. As estratégias devem chamar a atenção do seu público alvo SIM, mas, sem deixar de ser interessante aos demais, pois um dia a maré pode mudar, e você “migrar” de foco ou ainda, seus clientes podem mudar.

O marketing 4.0, é o marketing de sentimentos humanos, de transformações sociais, de revoluções de interação na rede. E também é o aconchego dos mais velhos, na boa estrutura de imagens, de textos bem elaborados, que toquem o coração, a razão e a consciência de cada empresário, empregado, jovens e etc.

A diferença do marketing 3.0 é o foco nas necessidades pessoais, na internet e no trabalho.

Empresas não podem seguir ignorando a evolução do marketing, é necessária uma reação. Usar mal as ferramentas que possuem para gerir suas atividades de marketing, deixar de lado seu contato com clientes e tratar prospectos de qualquer forma impedem que o marketing produza o resultado mais esperado dele: vendas.

A geração atual é moderna e ágil e acaba afetando gerações anteriores com o dinamismo do século XXI. Com isso as pessoas, mesmo as mais velhas, passaram a não ter tempo a perder, e não gostarem de coisas lentas e sem graça. Pior, as pessoas querem aquilo que fale diretamente as necessidades delas, naquele exato momento em que a necessidade surge.

Pense em e-mails, cartas e postais que você recebeu de natal de lojas e marcas que nunca teve interação. Muitas empresas se “queimam” com isso. O marketing atual exige relacionamento e esse deve ser cultivado, mantido e alimentado.

Pense em carros de som gritando aos 4 cantos promoções que menos de 1% prestou atenção e que além de tudo gerar menos interesse do que um áudio de WhatsApp.

Pense em um comercial de TV que não conseguiu se conectar com a audiência mas que o dono da empresa achou legal pois está num grande veículo de mídia.

O ponto não é o e-mail, cartão postal, nem o carro de som nem a TV. O meio pelo qual você divulga importa muito menos do que a mensagem que você está passando e o plano por trás deste investimento. Ou você entende seu cliente ou vai jogar dinheiro fora!

Isso ocorre porque o momento atual do marketing é o seguinte: as pessoas não olham para publicidades como olhavam antes. É quase que um mecanismo de defesa que nosso cérebro foi criando ao longo dos anos de exposição as milhares de anúncios e propagandas. Hoje, propagandas em sua maioria são praticamente são ignoradas (mesmo que inconscientemente), os clientes olham apenas para o que lhes interessam, e isso tem haver com algumas coisas como:

EFEITO GOOGLE – Já pensou se o Google encerrasse suas atividades hoje? Como você ficaria? Pelo menos alguns meses desorientado não é? Talvez até doente, pois a dependência é tanta que se tornou uma espécie de serviço fundamental. Todos que navegam na rede usam o Google para encontrar produtos, serviços, textos, notícias, previsão do tempo, vídeos, fotos, viagens e trabalho. Então para que prestar atenção em publicidades se você acha tudo na hora que precisar?

EFEITO REDES SOCIAIS – Existem pessoas que usam o WhatsApp, Facebook e outras e-mails, outras ainda usam Twitter, Instagram e Snapchat. Essa dinâmica forma de comunicação, resume a atualidade onde falar com outros significa rapidez, objetividade e clareza. Por isso anúncios de produtos na internet que sejam atraentes, mas não tem preço, tem grandes chances de não serem comprados ou que a pessoa ligue para perguntar, a cada dia queremos saber agora o quanto custa, ou então encontrarei outro que tenha o preço.

EFEITO SERVIÇOS – O que diferencia os tempos atuais da década de 80 e até 90? Os serviços, nunca houve tanta oferta de serviços, de todos os tipos, a internet possibilitou essa bomba, já ouvi que esta é a era da informação, da comunicação, e etc., mas podemos definir também como a ERA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Os diferenciais atrativos são fundamentais, a criatividade em oferecer além do que foi pedido determinante. O encantamento imprescindível. Por que? É simples, as pessoas descobriram que é possível contratar, e oferecer, serviços de qualidade a um grande público, pois ele vai vir até você quando quiser, e hoje tendemos a contratar mais, e comprar mais.

Estes três aspectos geraram um efeito interessante em nossas mentes, tanto que muitas marcas, já percebendo essa mudança, iniciaram a publicidade velada através de oferta de experiências, inserindo o produto na mão de influenciadores digitais e personalidades da web e evidenciando a importância das marcas muito mais do que do produto ou serviços que estas oferecem.

A internet é o foco principal desta mudança, e aí que entra o Marketing Digital, estas ações devem ser voltadas em, APARECER NO GOOGLE, OFERECER CONTEÚDO, AGREGAR VALOR A MARCA.

Você precisa dar a opção ao cliente de lhe encontrar com as buscas certas, ao te encontrar ele precisa ver algo de útil para sua vida em seu conteúdo, seu conteúdo precisa oferecer aquilo que ele busca, precisa, deseja e necessita. Para contratar ou comprar, precisa subentender que este serviço ou produto, vai lhe agregar valores, sejam eles quais forem, precisa gerar uma relação entre consumidor e a marca. Aí entra toda aquela parte, valores sociais, sustentáveis, ambientais, culturais e principalmente PESSOAIS do Marketing 3.0.

O marketing 4.0 é a estratégia de não ser apenas, parceiros, empresa de referência ou ter credibilidade como a Nestlé, mas sim ser amigo, ser próximo, ser confiável como aquele amigo que te indica algo e você confia. É sentir prazer em ter seu serviço e poder dar nota para este serviço. Observe hoje as propagandas atuais (bancos, serviços de streaming) das grandes marcas do momento. Você verá essa nova temática em prática.

E tem gente que ainda segue no Marketing 1.0 e ainda não sabe porque as vendas caíram…

Marketing 4.0 em resumo:

  • Marketing PESSOAL que motive sentimentos
  • Agregador de Valor, seu serviço precisa ter algo a mais.
  • Algo a mais, sustentável, ambiental, social.
  • Conteúdo, não adianta mais foto de gente famosa, precisa ter algo que a pessoa use de fato.
  • Marketing DIGITAL está na hora, não de esquecer a publicidade impressa, mas de valorizar isso na web, é fundamental crescer na internet, no Google, oferecendo conteúdos para conquistar seu público.
  • O marketing é voltado nas pessoas, aos clientes e funcionários, pois é deles que é feito a magia, valorize seu funcionário e venda a alta qualidade.

 

Dica de Leitura: Marketing 4.0 – Philip Kotler
-> https://www.amazon.com.br/dp/1119341205/ref=asc_df_11193412055007122?smid=A1ZZFT5FULY4LN&tag=goog0ef-20&linkCode=asn&creative=380341&creativeASIN=1119341205

De quem é a Culpa?

“Como que uma anta como essa chegou a presidência da república?” foi a pergunta que eu ouvi uma senhoria de uns 70 anos fazer para sua amiga na porta do prédio onde eu moro. Elas conversavam enquanto na TV Dilma tentava esclarecer que não errou, não mentiu, não roubou e não pedalou. Eu peguei apenas uma parte da conversa das minhas vizinhas mas consegui ouvir a resposta da outra: “Está ai mais um mistério, como ela chegou lá? Deve ter sido coisa do Diabo ou do Lula.” no que a primeira completa: “E não dá na mesma?”. Eu ri e segui para o carro.

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Comecei a pensar então sobre a “culpa” de Dilma ter chego lá. Claro que não acredito que colocar a culpa no capiroto ou no “nine fingers” resolve a situação (e nem permitiria que eu aprendesse algo), assim, resolvi avaliar melhor a situação e fiz a mesma pergunta à mim mesmo: como Dilma ganhou a eleição? A resposta é óbvia: Marketing.

A Revista Veja publicou o seguinte resumo oferecido pelo TSE:
A prestação de contas parcial divulgada pela Justiça Eleitoral mostra que a presidente-candidata Dilma Rousseff gastou 56,2 milhões de reais, 39% a mais do que os 40,4 milhões de reais desembolsados até agora pela campanha do tucano Aécio Neves . O resultado das urnas no primeiro turno indica que cada voto de Dilma já custou 1,30 reais. Para o tucano, 1,16 reais. Esses valores, contudo, ainda vão aumentar quando os dois candidatos informarem o valor final da arrecadação das campanhas.

Sabe como Dilma ganhou? Ela investiu mais em exposição (propaganda, divulgação, publicidade e mídia). Não vou entrar no mérito se ela roubou, pedalou, desviou ou deixou de pagar algo para investir. O ponto central é este: MAIS EXPOSIÇÃO gera mais aceitação. Mais aceitação gera mais lembranças (memórias). Mais lembranças geram mais aprovação (mental).

Ao investir em divulgação maciça e aumentando a exposição, tanto dela mesma quanto de seus feitos políticos (mesmo que não tenham sido realmente feitos), a grande massa, o povo em geral, acabou por aceitar que ela era a melhor opção e que deveriam votar nela mais uma vez. Claro, não todos, mas a maioria sim. E mesmo que você não goste, estamos todos sujeitos a receber influência daquilo que lemos, ouvimos e vemos. Se você não acredita, olhe a imagem abaixo:
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Sacou? O governo precisa convencer você de que é necessário e para isso precisa ser eleito em sua mente como algo a ser lembrado. É a mesma lógica do porque ninguém precisa fazer propaganda de arroz e feijão (embora algumas marcas invistam alguma coisa sobre isso). Quanto menos necessário for um produto maior deve ser seu investimento em marketing (exposição, publicidade, propaganda e etc.)

O que isso tem a ver com Marketing e sua empresa?

TUDO!
Perceba, cada cliente seu tem um custo para ser conquistado, igualzinho ao custo por voto da Dilma. Você pode não saber, mas é exatamente assim aí no seu negócio, seja ele qual for. Este custo tem a ver com sua lucratividade e depende da exposição que você faz de sua marca. Embora não goste muito, o velho ditado “quem não é visto não é lembrado” tem razão aqui. Sem exposição contínua para sua base de clientes (possíveis e já conquistados) você perde terreno, perde espaço na mente e, consecutivamente, perde a “eleição” dos clientes.

Sim, os clientes elegem o tempo todo. Elegem onde irão comer, onde irão comprar aquele sapato, onde irão abastecer o carro, onde irão comprar comida…a “eleição” ocorre e é óbvio que a exposição é um ponto crucial para que sua marca, empresa, negócio seja eleito.

Não estou dizendo que é tudo o que importa, mas é importante sim. Quando a exposição é somada a uma ótima experiência, por um produto muito bom e um custo considerado justo, você tem sucesso. Porém, você pode ter um produto fantástico, uma embalagem super cool, um atendimento realmente interessante e inteligente e ainda assim não ter um negócio de sucesso. Conheço alguns negócios que são assim e a única coisa que falta é a exposição contínua, integrada e planejada.

Das empresas abaixo, quais você reconhece? Compare com o investimento (apenas em publicidade) que cada uma faz:

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A exposição é parte do marketing e alguns entendem como publicidade & propaganda. Mas é mais do que isso. Estar em evidência é também fazer publicidade, é também investir em comerciais, propagandas e divulgações na mídia, mas é mais. Exposição é estar presente em eventos, em revistas, em jornais, em grupos, associações e grupos aglomerados. É estar presente, se fazendo visível e útil. É realizar sim e investir sim e publicidade e propaganda mas é investir também em estar presente.

Lembro de uma história de um antigo vereador de uma cidade do interior que era eleito todas as vezes. Não houve um projeto se quer que ele tivesse aprovado. Não teve uma só vez que ele foi decisivo para o bem do município ou mudasse positivamente a vida dos munícipes, mas, mesmo assim, a cada 4 anos ele era eleito. Tive a chance de conhecer esse sujeito e ele é uma das provas vivas do que expus neste artigo. Ele estava presente em todos os cultos religiosos, festas de bairro, apresentações e, principalmente, velórios. Sim, ele ia a todos os velórios que ocorriam. Não só ia como ajudava a levar o caixão. Certa vez, quando percebeu que todas as alças já tinham sido ocupadas por familiares, rapidamente tirou uma alça do bolso, encostou no caixão e seguiu em frente, afinal, o importante era estar ali e ser visto fazendo algo útil.

Aqui, não estou tratando de fazer juízo ou dizer o que é a melhor técnica ou não, o que é ético ou não, o que é certo ou não. Estou apenas expondo uma realidade: Exposição é necessária. Foi assim que nosso amigo vereador se elegeu tantas vezes, é assim que a Coca-Cola continua líder do mercado (mesmo com tantas críticas e ratos), é assim que cerveja vende mais que feijão e foi assim que Dilma ganhou. Talvez seja isso que precise para você e sua empresa serem eleitos.